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Uma verdade


Era fim de tarde e eles tinham acabado de se encontrar. Aconteceu uma pequena discussão após alguns sorrisos. Ele deu as costas e foi embora. Quando estava saindo, ela o correu atrás dele, segurou-o pelo braço...

- Espera! Espera Pedro!
-O que você quer?! Ja não disse o bastante?!
-Não!
-Você não se cansa de me magoar?!
-Cara... Quer saber?! Eu amo você! E você sabe disso! E você sabe que também me ama!
-Eu tenho uma noiva! E vou me casar com ela!
-É isso! É nisso que você sempre se esconde! Na sua noiva, nos problemas com seu pai, no seu passado, na sua religião... Você sabe que não tem nada a ver com isso! Você inventa desculpas! Sabe por que?! Porque você também me ama! E tem medo desse amor! Porque você tem medo de ter que enfrentar seu mundinho! Você é um covarde! (Seus olhos se encheram de lágrimas então depois de uma pausa nas palavras, ela prosseguiu.) Eu tenho medo de ficar sem você!

Ele olhou pra ela, deixou com que uma lágrima escorresse, entrou no carro, arrancou e saiu.
Ela suspirou, tentou segurar as lágrimas, mas algumas poucas insistiram em escorrer. Então levantou a cabeça, secou-as, e foi embora. Ele não conseguiu tirar aquela cena da cabeça. Então parou o carro e deu um soco no volante. No fundo ele sabia que ela tinha total e completa razão no que disse...

Por Pierre Martins

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