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Era isso que o destino queria fazer.

Pra sempre assim.

Ela passou ao meu lado e eu sorri. Sabia que de alguma forma, era isso que o destino queria fazer. Me aproximei e trocamos longos sorrisos. Seus olhos brilhavam ao me ver. Isso era reciproco. Segurei em suas mãos e começamos a conversar.

-Você esta linda!
-Obrigada! - Disse ela envergonhada.
-E então, como anda a vida?
-Bem! Bem... Tranquila. E a sua?
-Bem também! 

Sorrimos nesse momento. Não conseguíamos conversar direito. Estava tudo diferente. Parecia dois bobos tentando conversar. Mas acho que realmente era isso. Dois bobos apaixonados.

-Então... - Eu não sabia mais o que dizer nesse momento. - Ta atoa?
-Não... Na verdade to!
-Ta mesmo? Queria te perguntar se não queria tomar um açaí...
-Na verdade eu tinha que fazer uma coisa, mas não é importante! Posso fazer depois!
-Ótimo! Bom que agente conversa um pouco... - Eu disse meio sem jeito.
-Vamos?
-Vamos sim!

Começamos a caminhar pela orla da praia então. Eu com os braços para trás e ela com as mãos no bolso de seu shorts jeans. 

-E então, como vai na faculdade menina? - Eu tentei puxar um assunto.
-Ah, muito bem.. Graças a Deus! Agora só faltam mais dois períodos.
-Que ótimo! Logo teremos uma nova dentista então!
-Se Deus quiser! E você? Como vai o emprego?
-Muito chato! Como sempre né! - Nós gargalhamos nesse momento. - To brincando. Esta tudo tranquilo. Consegui juntar um bom dinheiro. Se Deus quiser ainda esse ano consigo dar entrada na minha casa!
-Que ótimo! Fico muito feliz por você!
-Obrigado!

Um silêncio tomou contada da nossa caminhada naquele momento. Pelo menos pudemos escutar todo o som que a natureza trazia. A brisa leve, a água da praia tranquila. As pequenas ondas que se formavam fazia uma ótima trilha sonora para aquele momento.

-Ai! - Gritou ela se jogando no chão.
-O que houve? - Perguntei preocupado ajoelhando-me em sua frente.
-Pisei num espinho!
-Espera! Calma... Vou tirar pra você.
-Tire! Por favor.... - Ela suplicava.
-Pronto!

Nossos rostos se aproximaram. Nossos olhares eram fixos um no outro. Eu podia sentir a sua respiração. Apoiei-me no chão e pus minha outra mão sobre a dela. Era como se eu estivesse dentro dela. Eu sabia que era o que nós dois queríamos fazer naquele momento.Nossos narizes ja haviam se tocado e a respiração de ambos estava ofegante. Nossos lábios finalmente haviam se encontrado outra vez. Tudo aconteceu como devia acontecer. Aquele olhar passou a ser inesquecível em minha vida! Olhos de quem ama... De quem se entrega... De quem passa a acreditar em contos de fadas! Assistimos o por-do-sol ali, sentados na beira da praia. Ela deitou no meu colo e eu viajava em meus pensamentos. Eu a amava!

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