Sentada em meu sofá, mais um copo de rum com gelo, olhando a neve cair pela janela, hoje o dia está bastante frio, tão quanto eu estou por dentro, minha vida não tem sido boa ultimamente, muitos erros, decepções e acima de tudo uma perda terrível... Perder o cara que se ama é difícil, quase incorrigível, sei que a vida tem que seguir em frente, mas é fácil demais falar quando não é você que está passando por tudo... Sabe... Sinto-me tão sozinha e incompreendida, ando fugindo de tudo, de todos, na verdade eu ando fugindo da vida mesmo... Não tenho mais aquela felicidade de antes e também não sinto falta dela... Eu sinto uma dor por dentro tão grande que ela chega a me saciar, talvez eu já seja viciada nela, talvez eu goste dela e de sua sensação de melancolia... Mais um copo de rum com gelo... Talvez eu só o tomasse para que me sentisse quente por dentro, já que lá no meu subconsciente eu estou quebrada em milhões de pedacinhos pequenos e destroçados, não havia um sentido para me manter aqui... Meus amigos, familiares, todos sumiram subitamente, acho que é melhor para eles, não sou hipócrita e acabo falando coisas que não gostam, então eles que se encubram com suas mentiras babacas.
Ao olhar pela janela vi um homem que estava vindo em direção ao caminho de minha entrada, ele escorregou no chão escorregadia, eu ri e li em seus lábios um palavrão... Eu conhecia aquele homem, talvez há muito tempo teríamos tido algo ou fomos melhores amigos em menos de um ano atrás... Eu não me recordo muito bem das lembranças de um ou dois anos atrás, eu me forço a não lembra-las... Não me é interessante. A campainha tocou... Peguei o meu casaco bordado bege e fui à porta. Ele estava parado na minha frente com o seu sorriso branco e seu olhar triste e cinzentos, fleches de lembranças vieram a tona sem que eu impedisse... Sim... Esse é André... Meu ex-melhor amigo, lembro que estávamos sempre juntos e que era ele que me apoiava, como todos desapareceu sem deixar vestígios.
Ao olhar pela janela vi um homem que estava vindo em direção ao caminho de minha entrada, ele escorregou no chão escorregadia, eu ri e li em seus lábios um palavrão... Eu conhecia aquele homem, talvez há muito tempo teríamos tido algo ou fomos melhores amigos em menos de um ano atrás... Eu não me recordo muito bem das lembranças de um ou dois anos atrás, eu me forço a não lembra-las... Não me é interessante. A campainha tocou... Peguei o meu casaco bordado bege e fui à porta. Ele estava parado na minha frente com o seu sorriso branco e seu olhar triste e cinzentos, fleches de lembranças vieram a tona sem que eu impedisse... Sim... Esse é André... Meu ex-melhor amigo, lembro que estávamos sempre juntos e que era ele que me apoiava, como todos desapareceu sem deixar vestígios.

-Não preciso de ajuda – meu tom era seco e áspero.
-Não importa... Agora eu estou aqui e precisamos conversar – ele mantinha sua voz tranquila mesmo com a minha ignorância.
-Tudo bem fale...
-Eu sei que as coisas estão difíceis para você Sophia, sei de tudo, mesmo que eu tenha sumido da sua vida, mesmo que eu tenha sido um idiota em te deixar para essas pessoas hipócritas fazerem sua caveira... Sei que ele morreu em um acidente de carro e que você está em depressão desde esse dia, mas eu estou aqui e não vou mais te abandonar – ele pegou na minha mão e pareceu tocar meu coração, meus olhos se encheram de lágrimas – E você é tudo o que mais preciso hoje em dia... Aprendi que os amores vem e vão, mas as amizades não, nós dois passamos momentos felizes e tristes juntos... Compartilhamos sorrisos e lágrimas... Nunca vou deixar sua amizade, vou lutar por ela, mesmo que você não queira eu vou estar ao seu lado te ajudando a se reerguer.
Ao ouvir todas essas palavras desabei em lágrimas, não sabia se eu deveria fazer isso, mas foi incontrolável, pareceu que toda raiva e ódio que eu sentia resolveram sucumbir em um único momento.

-Sabe... – falei gaguejando e com um nó na garganta que machucava – É ruim ter que fingir que sou fria por dentro... Dói mais... Eu me machuco menos, mas eu perco as outras pessoas e eu não quero mais perder ninguém... Passei por alguns momentos complicados, momentos em que achei que nada e nem ninguém iria me levantar, que não importava o quanto tentasse seguir em frente é como se o tempo tivesse paralisado e nada ia mudar... Mas você veio hoje e... – lágrimas em encharcavam, ele veio e me abraçou, como fazia antes, bem forte e ali ficamos.
-Eu te amo Sthella, muito e vou te ajudar sempre que precisar.
-Eu... – eu não falava isso para ninguém, mas dessa vez saiu naturalmente – Amo você.
E tudo o que resta me restou a fazer foi esperar que um dia a tão sonhada felicidade viesse para mim. Um dia fui uma pessoa sozinha e amarga, agora cercada das pessoas que eu amo, dei a volta por cima e tudo graças ao André.
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