Os dias passavam lentamente desde a ultima vez que nos vimos. No fim das contas eu sabia que nada mais fazia sentido. Era como se meu coração estivesse se tornando uma pedra de gelo que queimava meu peito sempre que lembrava dela. Ela partiu e não olhou para trás. Talvez tenha achado que era melhor que eu ou que eu não a merecia. Talvez eu nunca saiba as respostas.
Ainda carrego uma grande mágoa. Uma dor que corrói tudo o que sou. Algo que consome minhas forças sempre que tento recomeçar. Não importa, por onde quer que eu passe eu a vejo. Lembro de seu sorriso, seus passos fortes em minha direção... Confesso que ela foi mais que um porto seguro. Mais que um namoro adolescente... Sei que ela foi a grande história de amor da minha vida. A grande lembrança que vou carregar em meu passado.
Sei que muitas vezes eu errei. Mas quem não erra?
Lamento por ter encontrado em outro corpo a alegria que eu tinha nela. E lamento mais ainda por ter feito isso. Mas se você não valorizar quem te ama, alguém vai valorizar! Será que ela não havia percebido isso? Errei por me sentir sozinho. Por não me sentir amado como era antes. Errei por ser imaturo e confesso que me arrependo de ter feito as coisas da maneira que fiz. Mas quando a gente ama alguém de verdade, não deixamos que outra pessoa se aproxime. E nem deixamos outra pessoa se aproximar de nós...
Talvez eu estivesse enganado todo o tempo que passamos juntos. Ou talvez eu seja um idiota como ela.
Confesso que não desejo mais vê-la. Mas se tiver de acontecer, quero que ela saiba que eu tentei procurá-la em outras pessoas. Que eu sinto sua falta e, que eu estive precisando dela por muito tempo. E eu nunca havia me sentido tão sozinho quanto nesses dias. E quando olhar em meus olhos, vai saber que estou cobrando a sua promessa de que seria para sempre.
Não quero mais sua vida, seu corpo, sua atenção... Na verdade eu não sei mais o que quero. Talvez apenas um pedido de desculpas...
Talvez apenas minhas coisas de volta. As roupas, lembranças, dias alegres... e meu coração partido.
Mas como uma velha amiga uma vez me disse, “as vezes o final feliz é seguir em frente”.
Por Pierre Martins
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