Pular para o conteúdo principal

Irreal.

Detesto não saber o que escrever. Hoje não estou muito bem. Acho que são as musicas que me entristecem. Por mais que sejam lindas, me levam a dias que foram bons de mais, porém ficaram para trás.
As vezes acho que minha mãe tem razão: eu perdi o brilho no olhar.
Confesso que tenho estudado bastante física quântica e isso tem me atrapalhado na contabilidade. Mas Einstein, com sua teoria da relatividade, me deu uma esperança de voltar no tempo e concertar algumas coisas. Estou me aprofundando para achar uma forma de distorcer o tempo através do espaço e concertar meu passado.
Talvez eu possa voltar e impedir que as palavras se tornem palavras ao vento. Talvez eu reencontre o brilho em meu olhar. Talvez eu volte a uma praia ou a uma pizzaria. Talvez eu vá e me encontre debruçado no peitoril da sacada daquele minishopping. Talvez eu diga a mim mesmo para não me apaixonar por aquela menina que esta usando o casaco preto com bolinhas brancas. Talvez eu vá até aquele domingo e me convença de que preciso dormir ao invés de ir a praia. Talvez eu vá bem antes de tudo isso e não permita que eu tenha aquela conversa e não mude de opinião. Assim eu continuaria não acreditando em amor. Assim eu continuaria sendo aquele mesmo cara de sempre. Assim eu seria quem eu sou hoje sem um passado de mágoas para ofuscar o brilho em meus olhos.

Mas se nada funcionar, eu vou tentar dormir mais. Sei que to precisando. Um dia vou acabar entendendo o porque de tudo ter acontecido como aconteceu.
Afinal, não há nada que o tempo não possa curar.




Por Pierre Martins

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nosso amor. A nossa aliança.

Eu te amo como nunca amei alguém. Eu a beijei de surpresa. O fiz com a maior intensidade que podia fazer. Então ela me chama de bobo entre sorrisos. Então logo ficamos de pé e eu segurei suas mãos. Ela estava quase arrumada. Blusa preta e calça jeans, mas ainda estava descalça. Seus olhos estavam fixos nos meus quando comecei a falar... -Será que você tem noção do quanto eu te amo? -Eu amo muito você minha vida! – Ela sorria ao dizer isso. -Você me faz muito feliz! Esse primeiro ano que passamos juntos foi incrível e eu espero viver muitos como esse ainda com você. -Teremos muitos melhores que esse! -Amor, cadê aquele anelzinho que te dei há um ano na praia lá em Saquarema quando nos beijamos pela primeira vez? -Está aqui amor. – Ela foi até uma caixinha em formato de coração, mas não achou. – Pera ai, acho que esta na outra. – Procurou em uma embalagem de Ferrero Roche , mas também não encontrou. – Eu a pus aqui em algum lugar. – Então voltou a procurar na caixinha em fo

Uma noite inesquecível.

Tanto faz o que var rolar... A noite havia chegado. Algo me dizia que aquele show seria inesquecível de alguma forma. O chuvisco persistente molhava meu rosto. De alguma forma isso me fez lembrar de lágrimas... Isso acabou me fazendo levar até ele. Ergui minha cabeça e olhei pro céu. Não haviam estrelas. Era uma noite rústica e aparentemente triste. O show havia começado. Eu fechava meus olhos e cantava com todas as minhas forças. Sempre gostei das músicas da banda Rosa de Saron. Hoje estava assistindo eles pela primeira vez. Queria esquecer de tudo. Esquecer do mundo e esquecer dele. Ja havia se passado algum tempo. Então quando abri meus olhos e olhei pro lado meu coração disparou. Quase saltou pela boca. Ele estava ali ao meu lado. Esfreguei meus olhos quase que não acreditando naquilo. Então fui até ele instintivamente e o abracei.  Seus braços, seus abraços... -Ei moço! Não fala mais com as amigas?! - Disse eu olhando em seus olhos. -Nossa! Você aqui! Que coincidência. Não

- Volta por cima.

A vida é simples, fácil... A morte é rápida e sem o menor sentido...  -Desculpe - disse ele com seu olhar sereno. -Pelo que? – eu estava confusa. -Por eu não poder mudar tudo isso... – seus olhos cor de mel estavam vermelhos e olheiras eram facilmente notadas. -Não se preocupe amor... Tudo vai ficar bem – minha voz estava falhando e eu não consiga mais apoia-lo a superar a minha possível perda, estendi o braço e encostei em uma de suas bochechas, uma lágrima dele molhou o meu dedo e eu a sequei – Não chore minha vida... Vai passar... Acredite... -Mas amor – seu tom era desesperador – O médico disse que você vai precisar de uma doação... Você tem doença pulmonar crônica por fibrose... -Eu sei amor... Mas você vai ver eu vou melhorar. -Você melhor do que ninguém sabe que não tem cura... – ele sentou em minha cama de hospital e ali me abraçou com todo cuidado, choramos juntos até não sair mais nenhuma lágrima miserável se quer – Eu não posso te perder Fátima... Eu te amo e não vou c